Por Josué Amador
A Comissão Especial de Administração em Serviços de Saúde do CRA-RJ, representada pelo Prof. Leonardo Carap, realizou um evento sobre “Governança em Saúde”, na sede do Conselho, na Tijuca, com a participação do Adm. José Rezende, membro da Comissão Especial de Governança Corporativa, também do CRA-RJ. O objetivo foi mostrar um panorama geral da gestão clínico-hospitalar pública e privada aos Administradores, a fim de que se preparem para assumir cargos estratégicos nesse segmento.
Rezende explicou os conceitos de Governança Corporativa, seus fundamentos, sua relevância dentro das empresas e apresentou os principais órgãos responsáveis por promover a prática, a saber, o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) e Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD, sigla em inglês). Ele também defendeu que é preciso mais empenho no ensino da área nas universidades.
“Enquanto a gente não se preocupa em colocar o tema Governança no currículo escolar, no banco da faculdade, em sensibilizar o coordenador do curso para que ele provoque na diretoria da Instituição a mudança necessária, ou o agente público para que nas diretrizes curriculares de educação coloque como tema obrigatório dos cursos de Administração o ensino da formulação de políticas e boas práticas de Governança, a gente está deixando o tempo correr. Eu diria que governança é igual dinheiro e não admite desaforo. Se a gente não cuidar bem, em algum momento ela vai se voltar contra nós”, disse.
Por sua vez, Leonardo Carap, apresentou relatórios sobre a gestão hospitalar no Brasil e principais desafios enfrentados nas redes pública e privada. Para ele, a Governança Corporativa na área de saúde é tão importante quanto em qualquer outro segmento, para que todos os agentes envolvidos nos processos diversos sejam bem contemplados. Criar estratégias que equilibrem lucros e boa prestação de serviços é uma tarefa que precisa ser desempenhada com zelo, defendeu.
“Não se pode negociar o que você está fazendo com o dinheiro que se quer ganhar. O lucro financeiro, na verdade, é uma consequência. Você estrutura tua organização […] para que o atendimento ao paciente gere um desfecho, um resultado clínico […]. Então, unidades de produção integradas, cada vez mais, vão se associando para gerar valor. Então nessa geração de valor para a sociedade, para os pacientes, para os desfechos, você acaba tendo um uso mais eficiente de recursos, nesse uso mais eficiente de recursos e tem o seu resultado financeiro também”, elencou Leonardo Carap, que ainda defendeu uma melhor capacitação e certificação dos profissionais que desejam atuar na Governança em Saúde, principalmente para que os erros não se repitam.
Na CRA-RJ Play e na Rádio ADM RJ, os interessados em se aprofundar no assunto podem conferir o evento completo e se aprofundar no tema.