Não há segmento ou região que não tenha sentido os efeitos da globalização. Especialmente na última década, avanços tecnológicos, novas formas de consumo, reconfigurações demográficas e competitividade impulsionaram a demanda por uma série de habilidades profissionais. Algumas, nem existiam e foram criadas.
Capacidade de trabalhar de forma virtual, com mídias sociais e de maneira remota estão entre as qualidades – ou competências, como são chamadas no mercado – na mira dos recrutadores. E também aparecem num levantamento da Oxford Economics, em parceria com a consultoria americana Towers Watson. A pesquisa analisou 21 setores da economia em 46 países e entrevistou 352 profissionais.
Especialistas dizem que profissionais que desejam se manter no mercado de trabalho devem se adequar à nova realidade. Práticas e métodos antigos também devem ser revisados, por esses profissionais.
Mudanças globais com reflexos nas corporações sempre existiram. A diferença é que hoje a velocidade em que chegam as inovações é muito maior. Informações e dados são processados rapidamente. É importante conhecê-los. Mas não há razão para pânico. Selecionar as infomrações que chegam de acordo com a área de atuação pode garantir maior rendimento ao setor.
Especialistas dizem que o uso de equipamentos como tablets e smartphones, por exemplo, e a presença em redes sociais realmente melhoram o desempenho profissional. Ajudam a manter a pessoa atualizada e apta a trabalhar de qualquer lugar. Não significa, no entanto, trocar de aparelhos a cada novidade que surge. Vale mais saber utilizar bem do que ter o último recurso tecnológico.
A criatividade ainda é essencial. A tecnologia surge como aliada. Sozinha não dá resultados. São destaques no levantamento da Oxford Economics o aumento na procura por talentos com habilidades como inovação, colaboração e equilíbrio de pontos de vista opostos.
O que sustenta a ascensão na carreira, porém, é uma das mais antigas competências: comunicação oral e escrita – o calcanhar de Aquiles da atual geração. Os jovens devem ficar atentos à essa recomendação, já que a geração é conhecida por escrever mal e se expressar de forma ineficiente.
A maior parte das habilidades sugeridas no estudo pode ser desenvolvida com cursos e treinamentos. Uma delas, porém, depende de interesse pessoal. É a sensibilidade cultural. É importante que os profissionais busquem ampliar a visão do mundo para que possa se adaptar a qualquer cenário e aceitar a diversidade.
Fonte: Época