A crise econômica de 2008 causou um enorme dano ao mercado de ações e também ao mercado real, afetando de forma negativa de maneira mais ou menos desigual as economias de todo o mundo. Segundo Geraldo Leopoldo Silva de Torrecillas e Thiago Perez Bernardes de Moraes isso colocou em cheque os preceitos da economia neoclássica, reacendendo um debate sobre a ortodoxia econômica e também sobre os caminhos da politica econômica.
De acordo com “Por uma nova economia política”, a teoria dos mercados eficientes foi o alvo mais óbvio da fragilidade de todo mainstream da economia neoclássica, isto é, onde em um mundo politicamente monetarista, os mercados não só estão fora do equilíbrio, como no limite. Os pesquisadores mostram que caso eles não sofram pressões exógenas vindas de politicas econômicas mais heterodoxas, tendem a não só estagnar, como também retroceder.
O trabalho destaca ainda que os conceitos considerados por uma série de economistas como intocáveis, estão ruindo e dando espaço para um campo emergente de criticas. Os pressupostos teóricos da economia neoclássica não têm dado inteligibilidade suficiente para a compreensão dos fenômenos econômicos e políticos contemporâneos, sobretudo no que diz respeito aos aspectos fiduciários da economia.
Entendendo que a economia está intimamente amarrada com a sociedade, os pesquisadores dizem que uma sociedade mais justa precisa de instituições desenhadas não só para coercitir, mas também para garantir as condições mínimas para a garantia dos indivíduos quanto à produção de utilidade.